Ano Novo
Ah… virada de ano, que momento mágico de realização, de missão cumprida, pois missão dada é missão cumprida. E o ano, com apenas 365 dias e algumas horas, já é considerado velho. Imagine eu, com 24.090 dias, ainda aqui, firme e forte (mais firme do que forte).
Nesse período, os planos para o novíssimo 2025 já estão a todo vapor: em 2025 vou perder peso, voltar a malhar e só parar quando a minha legging desbotar; vou cuidar melhor da minha alimentação… Tudo que não fizemos neste ano a gente joga para o próximo. Eu estou nessa pegada desde 1986, fazendo apenas alguns ajustes, como trocar “fazer ginástica” por “malhar” e “perder peso” por “deixar de comer bagana”, mas sou persistente e mantenho as metas. No dia que bater, eu dobro.
Planos feitos. Agora vamos definir nossas atitudes para o grande dia da virada de Ano Novo:
Pular 7 ondas;
Comer lentilha;
Usar uma peça de roupa dourada;
Não comer peru (porque cisca pra trás);
Obedecer às cores das roupas (branco – paz, vermelho – amor…).
Muitas dessas crendices populares, confesso que já fiz. E agora, com um prêmio da Mega da Virada de 600 milhões, devo usar todas as cores possíveis para que as roletas despejem as 6 dezenas que me farão nunca mais postar nada aqui. Porque, com 16 Copas do Mundo nas costas, não dá para pular 7 ondas – no máximo, uma marolinha.
O mais importante é não perder a esperança. Por mais que 2024 tenha judiado de você, ele vai passar. Até Matusalém passou – demorou mil anos, mas passou. E um novo ano vai chegar, cheio de vida e com muita pressa, pois só tem 365 dias para mostrar a que veio. Nós vamos ter mais uma chance para realizar aqueles planos. O importante é não deixar apagar aquela fagulha de esperança que ainda resta.
E aqui vai um segredo: a minha fagulha de esperança acende cada vez que transformo em humor o pesado fardo de viver. Dispense a lentilha, as ondas, as cores… simplesmente sorria.